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Calçado dá sinais de retoma

Calçado dá sinais de retoma

22 Mai, 2024

Setor do calçado começa a dar os primeiros sinais de alguma retoma


Depois de mais de um ano de forte contenção no plano internacional, o setor do calçado começa a dar os primeiros sinais de alguma retoma no plano internacional. 

Em 2023, de acordo com o 'World Footwear Business Conditions Survey', “dos dez maiores importadores do mundo, só Espanha, China e Países Baixos importaram mais sapatos em 2023 do que no ano anterior, com crescimentos respetivos de 4,7%, de 1,8% e de 0,2%”. Já os Estados Unidos, o maior importador de calçado do mundo, teve uma quebra de 48,1%, enquanto o Reino Unido recuou 19,1%, a Bélgica 14,7% e a Alemanha 14,4%. Japão, França e Itália tiveram quebras mais moderadas: 2,8%, 1,8% e 1,7%, respetivamente.

Já para este ano, segundo as projeções do Fundo Monetário Internacional, o produto interno bruto mundial deverá crescer 3,2%. As expectativas apontam para um crescimento de 6,8% da economia indiana, de 4,6% da chinesa, enquanto os Estados Unidos deverão crescer 2,7%. Já a Zona Euro deverá evoluir apenas 0,8%.

No que se refere especificamente ao setor do calçado, de acordo com 'World Footwear Business Conditions Survey', ao quais reponderam 115 especialistas internacionais, apesar das dificuldades, os industriais e retalhistas estão "otimistas" quanto ao futuro, antecipando um crescimento tanto em volume como em valor.

Com efeito, a confiança parece estar de regresso ao setor, na medida em que 60% dos inquiridos anteveem um estado de negócios forte ou muito forte até final do ano. Para os próximos seis meses, 52% dos especialistas antecipam “estabilidade no nível de emprego”.

As perspetivas globais da fileira para o ano de 2024 são “otimistas” também ao nível do aumento do preço médio de calçado. Com efeito, 76% dos inquiridos apontam para um crescimento nos próximos seis meses.

Os operadores em África e na Ásia são os mais otimistas quanto à subida dos preços, com mais 89,2% e 82,9%, respetivamente, dos inquiridos a apontar para esse cenário. Já na Europa, 45,8% dos participantes aposta numa estabilização dos preços.

O custo das matérias-primas é o que mais preocupa os empresários do setor a nível global, seguido de “procura insuficiente” nos mercados internacionais” e pela “concorrência no mercado doméstico”.

“Depois de vários meses muito condicionados pelo modesto comportamento da economia mundial, o setor do calçado começa a dar alguns sinais de recuperação. A título de exemplo, entre os principais importadores mundiais de calçado, apenas três revelaram registo positivo no último ano. As perspetivas quanto à evolução do estado dos negócios nos próximos meses e mesmo a evolução dos preços são claramente um bom sinal", refere o porta-voz da APICCAPS, em comentário aos dados.

Paulo Gonçalves lembra que, ainda assim, 36% dos especialistas internacionais "continuam a lamentar a insuficiência de encomendas do mercado internacional", pelo que, e dado que a indústria portuguesa exporta mais de 90% da sua produção, "é essencial" que estes bons indicadores se confirmem nos próximos meses.

Ainda de acordo com o 'World Footwear Business Conditions Survey', nos próximos três anos é esperado que o peso dos canais de retalho online na venda de calçado se reforce.

Criado em 2019, o World Footwear Business Conditions Survey vai já na sua 10ª edição. Nesta edição responderam 115 especialistas do setor, sendo 32% de África, 30% da Ásia e 21% da Europa;

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